Suicídio é uma palavra evitada na sua instituição de ensino? Este assunto ainda é um tabu, muita gente não gosta nem de tocar no assunto. Mas será que não falar sobre o tema ajuda a evitá-lo – e mais importante, a superá-lo? A verdade é que, por mais dura que seja esta realidade, as chances de conseguir ajudar alguém que já está precisando – ou que venha a precisar – são muito baixas se você não falar abertamente sobre saúde mental. É indo a fundo em assuntos como o suicídio e outras condições que afetam a saúde mental de jovens que será possível oferecer auxílio de forma prática.
A escola, com seu papel social, além do fato de ser um ambiente de constante interação social, é um local no qual não pode haver medo para tratar sobre os mais diversos assuntos, como sexualidade, drogas e, claro, sentimentos. Eles não devem ser deixados em segundo plano, precisam ser parte substancial das ações da escola para promoção do bem-estar dos alunos. Aí entra a oportunidade de trabalhar questões que envolvem saúde mental, fazendo o proveito de datas, como a do Setembro Amarelo.
O que é o Setembro Amarelo?
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números, a campanha Setembro Amarelo cresceu e hoje é celebrada no Brasil inteiro.
Jovens devem ser cuidados e acompanhados de perto
Um dado do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, de agosto de 2020, é alarmante: 25% dos jovens entre 18 e 24 anos considerou seriamente o suicídio nos últimos 30 dias! Quantos destes não podem estar ao seu lado, perdidos e esperando por ajuda? É preciso agir constante e consistentemente para orientar, dar apoio e salvar vidas.Divulgação/Setembro Amarelo
Como promover atividades de atenção à saúde mental em sua escola
• Aborde temas do dia a dia e da rotina escolares, como o bullying e as relações sociais e familiares
• Espalhe pela escola cartazes e folhetos conscientizando sobre o tema
• Compartilhe com seus alunos e colaboradores a cartilha de prevenção ao suicídio. Clique aqui para acessar este conteúdo!
• Incentive e permita que os estudantes falem, sem medo de julgamento, em um espaço de muito acolhimento, se possível, com a moderação de profissionais de saúde mental, como psiquiatras e psicólogos
• Fique atento aos sinais e fatores de risco, como abandono de amizades e atividades que antes promoviam prazer, fata de interesse pelas responsabilidades e atividades diárias, consumo excessivo de álcool ou drogas e fala constante sobre a morte, entre outros traços
• Sempre que identificar um possível caso de transtorno mental, se aproxime mais deste aluno, de sua família e aconselhe a busca por ajuda profissional
Gostou das dicas? Que tal colocá-las em prática a partir de agora em sua escola?