Ter um plano museológico é fundamental para todo museu: é ele quem direciona a metodologia de trabalho, a forma como as exposições são desenvolvidas e a maneira como os visitantes as experimentam.
Mas você sabe o que é exatamente esse plano e como ele contribui de forma efetiva para uma boa gestão da instituição? Entenda melhor com a leitura a seguir.
Entendendo o conceito…
A maneira mais simples de definir um plano museológico é a maneira como um museu envolve seu público com suas coleções, informações e ideias.
Ele é um documento detalhado, que se concentra em um projeto específico de trabalho e que pode ser aplicado em várias áreas. Por meio dele é possível, por exemplo:
- Detalhar o conteúdo interpretativo de uma única exposição;
- Orientar o roteiro dos monitores em todo o museu;
- Coordenar o trabalho dos membros de um comitê regional de museus.
Ter um plano museológico ajuda a concentrar as diretrizes e metas da instituição dentro do que se planeja entregar para o público, com uma linguagem pensada em seus visitantes. Mas, afinal, como encontrar uma forma de dialogar com todos? Saiba mais a seguir.
Plano museológico: como encontrar a linguagem certa?
Selecionar canais de diálogo que sejam eficazes entre um museu e seu público pode parecer difícil, mas oferece mais opções do que se imagina: para alcançar seus visitantes, a instituição pode usar publicações, programas audiovisuais, exposições, aulas expositivas, recursos tecnológicos, produtos de sua loja, entre outros.
Raramente vai existir apenas uma maneira de atingir uma meta ou um público. Além disso, cada situação tem sua própria mistura particular de fatores a considerar.
Mas é seguro afirmar que um dos elementos-chave para uma experiência bem-sucedida do visitante é a criação de uma narrativa clara, envolvente e interessante.
A partir disso, é preciso desenvolver os principais temas, subtemas e mensagens essenciais para o sucesso de qualquer experiência cultural.
A equipe responsável por isso dentro do museu, porém, deve estruturar histórias e experiências que sejam capazes de envolver a todos sem entrar em conflito com o os objetivos da instituição.
Para um plano museológico eficaz…
Uma estratégia museológica deve ser produzida como resultado do planejamento da instituição.
Deve ser um documento que se concentre no ato mais amplo de plano museológico – uma declaração de intenções, destacando os conceitos e as metodologias de trabalho.
No nível organizacional, um plano museológico pode ser definido de acordo com como a instituição pretende abordar suas metas a longo prazo. Ou pode funcionar como base para o fornecimento coordenado de diversos planos a serem aplicados em várias áreas ou serviços de um mesmo museu, contribuindo assim para uma gestão eficaz da instituição como um todo.
No nível regional, museus e outras organizações podem trabalhar juntos para definir uma abordagem comum ou complementar um plano museológico já existente na região.
Uma boa estratégia é definir um plano museológico comum, que pode ser uma ferramenta útil na definição do trabalho entre organizações e entregar um padrão de linguagem e/ou de abordagem junto ao público. Isso pode gerar um storytelling ou uma trilha de conhecimento que agregue todos os museus da região, fazendo com que o visitante se sinta incentivado a conhecê-los.
Essa estratégia atua como um guia para garantir que todo plano atenda às necessidades específicas e definidas de uma ou mais organizações e represente uma estrutura na qual outros planos, mais detalhados, devem ser produzidos.
A importância de um plano museológico
Quando uma instituição conta com um plano eficaz, isso ajuda a:
- Dar estrutura e direção a projetos individuais ou trabalho de longo prazo e promover o uso eficiente de recursos;
- Garantir que todos os membros do comitê diretor estejam de acordo sobre os objetivos, afinal ter um plano fornece um ponto de referência para manter as ideias no caminho certo;
- Certificar-se de que o plano museológico mantenha a instituição relevante, atraente e acessível ao seu público;
- Fornecer uma base para pedidos de financiamento ou resumos de projetos;
- Identificar e confirmar oportunidades de mudança, em um processo contínuo de avaliação e desenvolvimento.
Como você pode ver, contar com um plano é parte essencial para garantir uma gestão eficaz de sua instituição.
Mas é preciso contar também com recursos que auxiliem nos processos diários, otimizando os esforços e o tempo de sua equipe – como é o caso do SophiA Acervo.
Com ele, é possível criar todas as fichas de catalogação de acordo com o seu plano museológico, fazer e oferecer pesquisas simples e avançadas – como por exemplo, por autor, título, assunto, palavra-chave, intervalo de tempo, entre outros parâmetros, entre diversos outros benefícios.
O SophiA Acervo foi desenvolvido para facilitar a gestão dos acervos dos mais diversos tipos, e se aplica às mais diversas instituições e fins, sendo os museus alguns dos espaços que mais se beneficiam com essa solução tecnológica.