Já dizia Maria Montessori que o maior sinal de sucesso para um professor é poder dizer: “as crianças estão trabalhando como se eu não existisse”. Isso mostra a importância de garantir autonomia e não interferir tanto na aprendizagem. Mas, existe o jeito certo para, de fato, ajudar no processo de alfabetização dos estudantes.
Os alunos não devem sentir que o professor é um obstáculo às suas próprias experiências (aprendizados), mas que sim, estão prontos para dar assistência quando necessária, quando o aluno demandar por ela. Durante a alfabetização, os educadores podem auxiliar seus alunos de modo que facilitem a assimilação do conteúdo, mas sem interferir na autonomia. É o que você saberá mais lendo este artigo.
Até onde ir – ou não ir – durante o processo de alfabetização
É importante saber qual o seu papel como educador. Pode ser que seja necessário explicar inúmeras vezes, de modo diferente, o mesmo conceito – aliás, é muito provável que isso seja necessário para que todos na turma compreendam determinadas lições.
Mas também é importante que a criança entenda e consiga realizar as tarefas sozinha, com autonomia. Mesmo que faça partes incorretas, é assim que ela vai conseguir processar as informações, entender o que deu certo e o que deu errado e, até mesmo, lidar de melhor maneira com a frustração.
Um outro ponto de atenção é a criança que aprende com muita facilidade. Será possível incentivá-la de outras maneiras, sem que seja necessário que ela ouça todas as repetições? Quando toda a turma já entendeu um conceito, mas a apostila manda seguir com repetições, será mesmo que elas são necessárias? A observação do comportamento dos alunos é essencial para decidir quando seguir em frente, ou voltar um passo atrás.
O desinteresse por determinados temas pode mostrar um aprendizado já efetivado ou mesmo que será necessário repensar a dinâmica das aulas. Pratique este exercício de observação e possível correção de rotas para melhorar o processo de alfabetização.
Aspectos técnicos do processo de alfabetização
Leitura, escrita, ortografia, recomendações da Base Nacional Comum Curricular. Os detalhes técnicos do processo de alfabetização são diversos, mas têm como objetivo garantir que todos tenham acesso ao conhecimento de maneira justa e uniforme.
• Alfabetização explícita: centralidade em textos e práticas sociais de leitura e escrita + sistemas de escrita alfabética
• Alfabetização em dois anos: o 2º ano é o prazo limite para a alfabetização, no terceiro ano o foco passa para a ortografia
• Campos de atuação como eixo da proposta de ensino: as práticas da linguagem estão na vida social e devem ser trabalhadas em situações reais
• Multiletramento: novos meios de comunicação e multimídia
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