Bicicleta adaptada promove intercâmbio de livros entre escolas

Com acervo itinerante de quase três mil livros, projeto BiciBiblioteca incentiva alunos a doarem livros usados em troca de novas histórias
intercâmbio de livros entre escolas

Uma bicicleta estaciona no pátio escolar, e rapidamente o espaço se transforma em ponto de encontro com a leitura. Para aproximar crianças do universo literário e estimular o intercâmbio entre leitores mirins, o projeto BiciBiblioteca funciona como uma biblioteca itinerante, que leva um acervo de quase três mil livros aos alunos do ensino fundamental de escolas da cidade de São Paulo.

Com um veículo adaptado e prateleiras sobre duas rodas, o projeto incentiva que crianças possam compartilhar suas experiências literárias com colegas de diferentes escolas. Uma vez por mês, elas escolhem duas novas histórias e, como contrapartida, doam um livro usado. A prática se repete simultaneamente em outras três instituições, organizando uma espécie de rodízio entre todos os participantes.

“A intenção do projeto é justamente promover o compartilhamento entre escolas”, explica Fabiana Maugé, diretora da FGM Produções Culturais, empresa responsável pelo desenvolvimento do BiciBiblioteca. Para estimular trocas entre os alunos, todos os livros são acompanhados de uma ficha de leitura, em que as crianças fazem suas anotações, desenham momentos da obra e elegem seus personagens favoritos. “Conseguimos criar uma ponte entre uma criança e outra”, destaca.

A proposta de unir bicicleta e literatura, segundo ela, vem da ascensão que o veículo de duas rodas tem conquistado na cidade nos últimos anos. “Entendendo a importância do uso da bicicleta em São Paulo, achamos que ela poderia ser uma parceira para estimular a leitura”, conta. Maugé também diz que a combinação inusitada chama a atenção das crianças. “Elas sempre perguntam como tivemos essa ideia.”

Neste semestre, participam do projeto as instituições: EMEBS Helen Keller, na Aclimação; Centro Social Dona Diva, na Vila Andrade; Centro Social Vila Morse, na Vila Morse; e Colégio Augusto Laranja, em Moema. “Temos um trabalho direcionado para os professores. Com essa sensibilização, quando a biblioteca chega em uma escola, os alunos já estão esperando com os livros separados para serem doados.

As primeiras visitas da biblioteca itinerante às escolas participantes aconteceram nesta semana. O acervo inicial foi montado com doações de editoras e compras de alguns títulos. “No começo, as crianças iriam doar um livro e ganhar dois, mas percebemos que muitas não tinham um exemplar. Por ser o primeiro mês, abrimos uma exceção.”

Viabilizado com recursos obtidos pela Lei Rouanet, o projeto tem patrocínio da empresa de restaurantes corporativos Sapore e pretende atingir cerca de mil crianças até o final do ano.

Fonte: Porvir

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