O mês de agosto é sinônimo de celebração do Folclore na sua escola? Esse é um tema bastante explorado pelas instituições de ensino brasileiras como forma de ensinar e fortalecer a cultura popular do país, abordando suas lendas e tradições. E existem inúmeras atividades possíveis para comemorar o Mês ou o Dia do Folclore na escola (22 de agosto), mas aqui neste artigo, nosso intuito é dar dicas de como você pode inovar na realização deste trabalho.
Vamos começar observando que o Folclore brasileiro é composto por diferentes manifestações populares, como:
• Festas e Encenações
• Músicas e Danças
• Linguagem, Literatura e Tradições Orais
• Culinária
• Lendas e Mitos
Ou seja, vai muito além daqueles personagens já muito conhecidos e exaustivamente trabalhados nas escolas. Tendo em vista todo este leque de oportunidades para se falar sobre cultura popular, dá para inovar bastante e fugir um pouco do Saci!
Faça teatros e festas
Carnaval, Festa Junina e Folia de Reis são parte do nosso Folclore. Essas datas são comemoradas e estudadas na sua escola? São celebrações que fazem parte da cultura nacional e muito admiradas por nós – e por aqueles que vêm de fora para conhecer o Brasil. Além destas festas e encenações mais conhecidas, existem outras, como a Congada, de origem africana e mais popular em Minas Gerais, a Farra do Boi e as Cavalhadas, famosas na região Norte do país, e a Festa do Divino, celebrada com toques distintos em cada canto do Brasil.
Cante e dance
Samba, frevo e xaxado são danças típicas brasileiras, o repertório de músicas e estilos musicais para trabalhar em sala de aula é muito vasto, você pode trabalhar a dança e a consciência corporal, pode trabalhar o canto e o teatro, usar estes ritmos e suas melodias para criar atividades inovadoras em sala de aula. Além disso, existem as conhecidas cantigas de roda, “Atirei o Pau no Gato”, “Escravos de Jó” e “Ciranda-Cirandinha”. Difícil encontrar quem não saiba os versos destas músicas.
Explore provérbios, adivinhações e piadas
Quem não gosta de uma boa piada ou aquela adivinhação? Nosso Folclore também é composto por estes pequenos contos e anedotas que facilitam o riso. E não podemos nos esquecer dos provérbios – ou ditados populares, ensinamentos que há tempos não perdem a temporalidade e são passados de geração em geração. Quanto sentido e sabedoria no conhecimento popular: “Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão!”.
A Literatura de Cordel, as frases de para-choques de caminhão e os trava-línguas são outros elementos da linguagem folclórica que podem render atividades divertidas e didáticas em sala de aula. Todos envolvem muita leitura, rima, enfim, muitos tipos de aprendizados.
Não se esqueça dos pratos típicos
A culinária também faz parte do Folclore brasileiro. Feijoada, cuscuz, pão de queijo, moqueca, churrasco, acarajé, vatapá, canjica, pamonha, pé de moleque, sarapatel, quibebe. Uma riqueza de nutrientes e cultura para abordar com os seus alunos. A inspiração para criar estes pratos típicos e deliciosos vem direto da nossa cultura, da mistura de cores e sabores que é o Brasil.
Use as lendas e os mitos
Por último, mas não menos importantes, os temas mais tradicionais. Os personagens – as lendas e os mitos – do Folclore brasileiro despertam o interesse e a curiosidade dos alunos. São uma ótima forma de trabalhar o tema, claro, mas o que quisemos mostrar aqui neste artigo é que não são a única forma de fazê-lo.
De qualquer maneira, é sempre interessante trazer as lendas e mitos para os trabalhos sobre Folclore na escola. O que você pode fazer, se quiser inovar, é pesquisar personagens ainda pouco conhecidos, ou mais populares em outros estados do país. Veja alguns exemplos abaixo:
• Capelobo: monstro com corpo de homem, focinho de anta ou de tamanduá e pés de girafa, que perambula durante as noites, em busca de algum alimento, pelas bandas do rio Xingu. Adora comer as cabeças de cães e gatos recém-nascidos. Também adora beber o sangue de gente e de outros animais. Só pode ser morto com um tiro na região do umbigo. É uma espécie de lobisomem indígena.
• Corpo-seco: homem muito cruel, que surrava a própria mãe. Ao morrer, foi rejeitado por Deus e o Diabo. Não foi enterrado, porque a própria terra, enojada, vomitou seu corpo. Assim, perambula por aí, com o corpo todo podre, ainda cheio de ódio no coração, fazendo mal a todos os que cruzam o seu caminho. Há relatos desta lenda nos estados de São Paulo, Paraná, Amazonas, Minas Gerais e na região Centro-Oeste.
• Mapinguari: monstro que ainda hoje atemoriza os moradores da floresta na região amazônica. Segundo as descrições, o Mapinguari é uma criatura parecida com um macaco, mais alto que um homem, de pelo escuro, com grande focinho que lembra o de um cachorro, garras pontiagudas, uma pele de jacaré, um ou dois olhos e que exala um forte mau cheiro. David Oren, ex-diretor de pesquisa no Museu Paraense Emílio Goeldi, afirma que a lenda do Mapinguari é uma reminiscência de possíveis contatos de homens primitivos com as últimas preguiças gigantes que viveram na região. A persistência de relatos recentes de avistamento levou a cientistas organizarem expedições à região, que não resultaram, contudo, em encontro com ou identificação do animal.
Cultura, diversidade, pluralidade, aceitação são conceitos que devem ser trabalhados no ambiente escolar a todo tempo, e o Folclore é só mais um dos meios de colocar isso em prática. Conta para a gente, como são as atividades de Folclore aí na sua escola? Se você acha que dá para melhorar, coloque em prática as sugestões deste artigo para já!