A gestão de museus pode ser um processo desafiador, com o gerenciamento e a manutenção de acervo, questões burocráticas, organizações de novas exposições e a geração de renda para manter a estrutura.
Uma solução para este último ponto é a criação de uma loja dentro do museu: ela pode ajudar a obter bons resultados financeiros, mas traz também contribuições que vão além das questões econômicas.
Esse espaço também pode ajudar a educar os visitantes, a construir a marca do museu e a trabalhar para destacar – e às vezes até influenciar – os aspectos da arte que a instituição considera importantes.
Entenda melhor o papel da loja dentro de museus e descubra, com a ajuda de nossas dicas, como implementar essa solução em sua instituição.
O papel das lojas na gestão de museus
Engana-se quem pensa que esse tipo de espaço é uma questão de menor importância dentro da gestão de museus.
As lojas são uma parte valiosa da experiência, porque seus produtos servem a um propósito importante: eles carregam as coleções da instituição e amplificam sua visibilidade no mundo além dos muros de sua instituição.
Depois que as exposições seguem para um próximo local, os programas educacionais são concluídos e as portas se fecham – deixando os corredores silenciosos e escuros, porém, os produtos obtidos na loja permitem que seus visitantes continuem a saborear suas experiências no museu.
Acima de tudo, uma loja de museu é o local onde os visitantes selecionam um objeto adequado para guardar ou dividir com outras pessoas suas lembranças daquele dia especial. Adquirir um produto nesse espaço é um esforço consciente da parte do visitante para transformar essa experiência positiva específica em uma memória de longo prazo.
Presentes selecionados para terceiros têm ainda um propósito adicional: são evidências físicas de ter pensado em uma pessoa específica naquela instituição e identificá-la como alguém com um repertório qualificado o suficiente para apreciar aquele gesto.
Por isso, contar com uma loja na instituição traz resultados bastante significativos para a gestão de museus – especialmente quando a curadoria é bem realizada. Saiba mais a seguir.
Curadoria é essencial para o sucesso de uma loja de museu
Ao montar o portfólio de peças a serem comercializadas na loja de sua instituição, certifique-se de que elas se conectem direta ou indiretamente a ele ou às coleções que o espaço já recebeu.
É possível reforçar esse cuidado incluindo informações das exibições da vitrine, embalagens e até nos próprios produtos.
Listamos a seguir alguns exemplos que podem servir de inspiração:
- Loja do MAM (SP | Brasil): a loja do Museu de Arte Moderna (MAM) oferece produtos como canecas, bowls e vasos – alguns de linha própria, além de catálogos, livros e artigos de joalheria;
- The Broad (Los Angeles): a grande maioria dos artigos encontrados na loja foi criada em parceria com os próprios artistas expostos nas galerias do museu. É possível adquirir pôsteres e esculturas dos ateliês, além de livros e catálogos;
- Inhotim (MG | Brasil): o local concentra duas lojas, que oferecem desde produtos assinados por designers reconhecidos mundialmente até peças de cerâmica desenvolvidas por artesãos da região de Brumadinho;
- National Portrait Gallery (Londres): localizada na famosa Trafalgar Square, a loja da NPG oferece uma infinidade de cartões postais dos retratos mais legais da galeria – os visitantes podem escolher entre levar para casa ou enviar para alguém pelos correios;
- Casa Batlló (Barcelona): a curadoria de sua lojinha acompanha a exuberância arquitetônica criada pelo arquiteto modernista espanhol Antonio Gaudí – a maioria dos itens, entre joias, peças de cerâmica e móveis projetados por ele, são exclusivos da loja – um bom exemplo de gestão de museus integrada.
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Dicas para implementar uma loja em sua gestão de museus
Se você se entusiasmou com tudo o que leu até aqui e quer implementar uma loja em sua instituição, as dicas a seguir podem ser muito úteis:
Localização estratégica
Tão importante quanto instalar a loja em uma área visível e de grande fluxo (como na saída, por exemplo) é trabalhar a sinalização indicando o local. Promova seus produtos em todo o edifício: cafeteria, áreas de descanso, banheiros, entre outros.
Aproveite o comportamento humano
Certifique-se de que os produtos expostos junto à entrada façam referência às exposições. Garanta que as vitrines da loja sejam replicadas em locais de grande fluxo e observe pontos de concentração que sejam propícios para colocar itens menores, como livros.
Faça parceria com novos designers
Além do reforço à economia criativa e à comunidade, é uma oportunidade de incentivar novos talentos – só se certifique de que o trabalho desenvolvido por eles esteja de acordo com o portfólio da loja e tenha originalidade.
Tecnologia contribui para a gestão de museus e lojas
Implementar uma loja em seu museu parece ser uma solução empolgante – mas é preciso equilibrar a novidade com as demandas atuais do cotidiano.
Por isso, é importante contar com alternativas que otimizem as tarefas do dia a dia, liberando tempo para sua equipe.
A resposta pode ser o SophiA Acervo, um software desenvolvido com o objetivo de facilitar a gestão dos acervos dos mais diversos tipos: memória, fotografias, atas de reunião, moda, documentos diversos, objetos pessoais, dentre outros.
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